Foto registrada por Juliana Rocha Antunes.
Esta é a Igreja do bairro das Samambaias, que se localiza a beira da Bacia do Ribeirão das Antas. Nela temos muito que desbravar, pois neste mesmo terreno residiu a Capela de Santa Cruz, que, foi demolida, devido as péssimas condições estruturais, para a construção desta Igreja que não leva o mesmo Padroeiro.
A Igreja Católica faz parte da formação dos bairros rurais paulistas até meados de 1950, e temos como objetivo descobrir se estas têm os mesmos valores nos anos de 1990.
A festa tem funções alem do religioso, ela também oferece recreação para a comunidade. Em meados de 1950, ela era composta por um festeiro, homem da comunidade que organiza, juntando prendas para a festa de dia de ano, que é realizada no dia do Padroeiro da Igreja. Geralmente, a cada ano a Igreja tinha um festeiro diferente, que era escolhido pelos moradores, para proporcionar estas atividades religiosas, como procissões, novenas, leilões de prendas e entre outras. Mas esta característica não é seguida em todos os bairros, podendo sofrer alterações estruturais.
Estas características são marcantes em 1950, de acordo com estudiosos como Robert W. Shirley, Antonio Candido e Maria Isaura Pereira de Queiroz, mas com o êxodo rural algumas características podem ser alteradas.
Como exemplo, na Igreja do bairro das Samambaias não há mais a presença dos festeiros, o que conseqüentemente se perde o valor cultural da sua formação anterior, sentido pelos moradores antigos que manifestam uma angustia, explanando a insatisfação por ver a Igreja, que era motivo de lazer, que aprenderam a ter fé, se acabando.
“Hoje são poucas as pessoas presentes na festa de ano, antes era mais animado, tinha doce para todo mundo e hoje o pouco doce que temos vai para as crianças.” Isto é o que revelam os moradores de lá.
Já as missas são realizadas apenas quando um padre vai oficializar, caso contrario, o bairro tem um ministro da eucaristia para fazer uma reza e dar a comunhão aos moradores.
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