segunda-feira, 26 de abril de 2010

Formação dos povoados rurais paulista: religiosidade em foco


Foto registrada por Juliana Rocha Antunes.

Esta é a Igreja do bairro das Samambaias, que se localiza a beira da Bacia do Ribeirão das Antas. Nela temos muito que desbravar, pois neste mesmo terreno residiu a Capela de Santa Cruz, que, foi demolida, devido as péssimas condições estruturais, para a construção desta Igreja que não leva o mesmo Padroeiro.

A Igreja Católica faz parte da formação dos bairros rurais paulistas até meados de 1950, e temos como objetivo descobrir se estas têm os mesmos valores nos anos de 1990.

A festa tem funções alem do religioso, ela também oferece recreação para a comunidade. Em meados de 1950, ela era composta por um festeiro, homem da comunidade que organiza, juntando prendas para a festa de dia de ano, que é realizada no dia do Padroeiro da Igreja. Geralmente, a cada ano a Igreja tinha um festeiro diferente, que era escolhido pelos moradores, para proporcionar estas atividades religiosas, como procissões, novenas, leilões de prendas e entre outras. Mas esta característica não é seguida em todos os bairros, podendo sofrer alterações estruturais.
Estas características são marcantes em 1950, de acordo com estudiosos como Robert W. Shirley, Antonio Candido e Maria Isaura Pereira de Queiroz, mas com o êxodo rural algumas características podem ser alteradas.

Como exemplo, na Igreja do bairro das Samambaias não há mais a presença dos festeiros, o que conseqüentemente se perde o valor cultural da sua formação anterior, sentido pelos moradores antigos que manifestam uma angustia, explanando a insatisfação por ver a Igreja, que era motivo de lazer, que aprenderam a ter fé, se acabando.

“Hoje são poucas as pessoas presentes na festa de ano, antes era mais animado, tinha doce para todo mundo e hoje o pouco doce que temos vai para as crianças.” Isto é o que revelam os moradores de lá.

Já as missas são realizadas apenas quando um padre vai oficializar, caso contrario, o bairro tem um ministro da eucaristia para fazer uma reza e dar a comunhão aos moradores.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Por que historiar o mundo caipira

O vago conhecimento desta classe torna-se intrigante. Não sou deste mundo, nasci e vivi num meio urbanizado, mas ele pertence as minhas raízes passadas e perturba-me não (re)conhecer estas origens. A partir desta sedutora questão eu resolvi rastrear este mundo.

Pessoas inábeis podem pensar que eu não posso compreender este mundo por que eu nunca fiz parte, diretamente, dele, porém, os maiores pesquisadores, que desenvolveram estudos a respeito, em meados das décadas 1950 e 1960, como sociólogos, antropólogos, historiadores e entre outros, não partiram deste mundo, mas engendraram-se nele e criaram estudos fabulosos. A realidade é que para qualquer estudo historiográfico, ou de outro caráter científico, é necessário ser imparcial, curioso, dedicado e, jamais, preconceituoso.

Sendo assim, pretendo estudar uma sociedade que, a meu ver, está ficando no esquecimento, pois, a cada geração paulista que vem ao mundo, desconhece mais a sua história e as razões, talvez, sejam causadas por uma sobreposição da cultura urbanizada que se fixou no mundo caipira, já que o meio urbano mostra-se dominador aos mais fracos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Belos Passos

Boa Tarde a todos...

Hoje resolvi voltar a publicar meus passos ao historiar a vida caipira da cidade de Taubaté/SP...

O meu objetivo como pesquisadora é historiar à vida dos homens residentes a margem da Bacia do Ribeirão das Antas e este blog me servirá de ferramenta para dividir este estudo com a sociedade, e outras achados e retratos que toparei durante a minha trajetória...

Este bairro, que é meu objeto de estudo, situa-se a beira da Rodovia da Oswaldo Cruz, que liga Taubaté a São Luiz do Paraitinga...

Este post foi um test drive.... Em breve colocarei mais informações e fotos....