sexta-feira, 25 de julho de 2008

A representação dos caipiras valeparaibanos: uma análise de Lobato e Mazzaropi*



Este trabalho tem por objetivo problematizar a representação da personagem caipira Jeca Tatu, difundida a partir da obra de Monteiro Lobato, mais precisamente o artigo Velha Praga, publicado originalmente pelo jornal O Estado de S. Paulo, no ano de 1914, e mais tarde enfeixado no livro Urupês, a partir de sua segunda edição, em 1918, e, também, a partir do filme homônimo Jeca Tatu, de 1959, dirigido por Milton Amaral, em que o produtor e ator Mazzaropi encarna a personagem. É possível observar que Lobato define sua personagem como um ser parasitário, que retardava e mesmo impedia o progresso do país. Já na representação fílmica, a personagem é vista como preguiçosa, astuta, simples e conformada. Tomadas como documento de uma visão particularizada do homem caipira, os textos literário e fílmico permitem uma compreensão da representação do homem rural brasileiro que circulava num determinado momento histórico, o que pode ser tomado, também, como fontes de pesquisa da história valeparaibana.**







*Juliana Rocha Antunes - graduanda em História pela Universidade de Taubaté (UNITAU)




**Resumo publicado no XVI Encontro Regional de História (ANPUH - MG)